terça-feira, 21 de junho de 2011

AKITA - A FÁTIMA DO ORIENTE


Akita 4: a Fátima do Oriente ‒ Prantos, suor e sangue: análises científicas e pronunciamento canônico


Continuação do post anterior

Novos prantos da imagem

Após as mensagens de Nossa Senhora, a luz ofuscante que cercava a estátua sumiu.

Em 4 de janeiro de 1975, para o espanto da comunidade e do padre Yasuda, a estátua da Virgem começou a chorar e assim fez três vezes naquele dia. Também foram testemunhas dessa lacrimação, além das irmãs, o bispo Ito e certo número de pessoas que participavam com as freiras de um retiro de Ano Novo.

As lágrimas coletadas na borda interior dos olhos desciam pelas bochechas, as coletadas na borda da borda do vestido perto da garganta, desciam pelas dobras da túnica e caiam sobre o mundo sob os pés de Nossa Senhora.

NOSSA SENHORA DE NAZARÉ

domingo, 29 de maio de 2011

O milagre de Nossa Senhora de Nazaré e o retorno da imagem fugitiva

O milagre

A origem da devoção a Nossa Senhora de Nazaré se prende a um fato ocorrido por volta do ano de 1150 em Portugal.

“Estando um jovem e vistoso cavalheiro português Dom Fuas Roupinho à caça de um veado entre intensa neblina vê-se subitamente no alto de um rochedo à beira-mar, e se seu cavalo não houvesse estancado, ter-se-ia precipitado ao mar.

“Cheio de terror e considerando o perigo, agradeceu ao Senhor de toda alma a sua salvação. Mas o perigo não passara de todo, pois o cavalo não podia avançar nem recuar sem precipitar-se no abismo.

“Procurando uma saída, nota o cavaleiro uma imagem de Nossa Senhora numa caverna do rochedo. E cheio de fé, lança-se aos seus pés implorando socorro.

CORPUS CRISTI

Origem da Solenidade de Corpus Christi

No século XIII nasceu um Movimento Eucarístico que deu origem à Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento
Na Idade Média, os homens tinham uma devoção enlevada pela pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Para libertar seu túmulo dos pagãos muçulmanos fizeram cruzadas.

A história da festa de Corpus Christi tem origem nessa devoção.

Pelo fim do século XIII, na Abadia de Cornillon, em Lieja, Bélgica, nasceu um Movimento Eucarístico que deu origem à Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos na elevação na Missa e a própria festa do Corpus Christi.

A abadessa Santa Juliana de Mont Cornillon ardia em desejos de que o Santíssimo Sacramento tivesse uma festa especial.

Ela teve uma visão em que a Igreja aparecia como uma lua cheia com uma mancha negra, sinal da ausência da solenidade.


O hino “Ave Verum” (“Salve, ó verdadeiro corpo”)

Elevação na Missa, Dorchester Abbey, ©Fr Lawrence OP
Na Idade Média foram compostas muitas músicas e poesias religiosas em louvor do Santíssimo Sacramento.

Esta grande devoção teve, aliás, imenso incremento no período medieval. Podemos então dizer que ela ‒ aperfeiçoada pela Contra-Reforma ‒ chegou até nós impreegnada do perfume da Idade Média.

A presencia real de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Sagrada Eucaristia está fundamentada nas próprias palavras de Cristo na Última Ceia: “Este é meu corpo, esta é minha sangue”.

A Fé na presença real de Cristo na Eucaristia foi professada universalmente por toda a Igreja desde sua fundação.

Só com o protestantismo que apareceram contestações, aliás mais próximas da chicana do que qualquer outra coisa. Foram sobejamente refutadas pelos Doutores e notadamente pelo Concílio de Trento.

Na crise da fé no século XX, reapareceram falsos teólogos que pretenderam reviver os erros protestantes com outro nome.

É o malfadado progressismo, que tem menos fundamento na verdade do os próprios protestantes. Todos esses erros acabarão ficando à margem da História, como já ficaram os de Calvino, Zwinglio, Melanchton ou Lutero.

Elevação do cálice na Missa, Dorchester Abbey, ©Fr Lawrence OPNo século XI, portanto em plena Idade Média, a Igreja aprofundou o estudo racional da Presença Real.

Esse genuíno desenvolvimento do dogma católico gerou um grande movimento de piedade eucarística.

Um dos seus momentos culminantes foi a instituição da festa de Corpus Christi, em 1264.

Como o povo penetrado de verdadeira fé aspirava ver a Deus feito carne na Hóstia consagrada, foi introduzido na Missa o rito da elevação. Ele acontece logo depois da Consagração.

Durante a elevação, os medievais faziam soar um sino especial, e os fiéis espalhados pela catedral ou pela igreja acorriam para ver e adorar a Hóstia divina.

Também se acendia um círio num alto candeeiro. Posteriormente acendeu-se um castiçal pequeno, também chamado de palmatória, que assim ficava até a comunhão, para significar a presença real de Cristo na Eucaristia.

Nesses felizes tempos medievais em que florescia a fé foram compostos vários hinos ao Santíssimo Sacramento cantados até hoje, ou, pelo menos, até que a desordem progressista não os bloqueou. É de se esperar que essa sabotagem não dure muito.

São Tomás de Aquino, VaticanoEntre esse hinos fiéis reflexos do dogma católico figura o Ave Verum em posição de destaque.

Ele cantava-se especialmente após a Consagração, quando o verdadeiro corpo de Cristo estava realmente presente no altar, pois o hino começa “Salve, ó verdadeiro corpo”.

A maioria dos autores concorda em atribuir a autoria a São Tomás de Aquino (+ 1274).

Ele fez outros hinos também famosíssimos, cheios de lógica e unção, consagrados a Cristo Sacramentado.

Citemos, pelo menos, o Pange língua, o Verbum supernum prodiens, o Sacris sollemnis, o Adoro te devote e a não menos divinamente inspirada seqüência Lauda, Sion, Salvatorem.


Clique aqui para ouvir (Coro da TFP americana):


Ave verum corpus natum de Maria Virgine
Salve, ó verdadeiro corpo nascido da Virgem Maria

Vere passum, immolatum in cruce pro homine
Que verdadeiramente padeceu e foi imolado na cruz pelo homem

Cuius latus perforatum fluxit aqua et sanguine
De seu lado transpassado fluiu água e sangue

Esto nobis praegustatum mortis in examine
Sê para nós remédio na hora tremenda da morte

O Iesu dulcis, o Iesu pie, o Iesu fili Mariae.
Ó doce Jesus, ó bom Jesus, ó Jesus filho de Maria.

O TOPÁZIO BRASILEIRO DO REI DE NÁPOLES E A VOCAÇÃO DO BRASIL

SEGUNDA-FEIRA, 20 DE JUNHO DE 2011

O topázio brasileiro do Rei de Nápoles e a vocação do Brasil

O topázio que esculpido virou a porta do sacrário, detalhe

A história do topázio do rei Fernando II, que esculpido virou a porta do sacrário da Igreja de São Francisco de Paula em Nápoles, começou numa jazida do Brasil no século XIX.

Na ocasião foi descoberta uma pedra preciosíssima: um topázio de cor laranja pálido, que pesava aproximadamente quatro quilos.

Ele foi enviado à Itália e adquirido pela Corte dos Bourbons de Nápoles.

O rei Fernando II (1810-1859) desejava fazer com ele a porta de dois sacrários: o da Capela Palatina do grande Palácio Real de Caserta, e o da Igreja de São Francisco de Paula, em Nápoles.

O topázio foi então dividido em duas partes iguais.

Fernando II (1810-1859), rei de Nápoles
A metade destinada à igreja de São Francisco deveria, por vontade real, ser esculpida em baixo-relevo representando Nosso Senhor Jesus Cristo partindo o pão consagrado, a Eucaristia.

Porém, sendo a pedra muito resistente a qualquer tratamento, os ourives abandonaram a empresa.

Em 1852, o rei Fernando contratou o professor Andrea Cariello (1807-1870) para fazer a portinha do sacrário de São Francisco de Paula. O projeto para o outro sacrário foi posto de lado.

Cariello engajou-se com paixão e colocou em movimento toda a cidade de Nápoles.

Precisava de rodas, ferramentas e talhadeiras em quantidade.

Por ser o topázio difícil de se trabalhar até com técnicas modernas, a jóia só ficou pronta em 1862, mediante a utilização de brocas de diamante.

A porta do sagrário
Nesse ínterim, o mundo fora posto de ponta cabeça.

Em 1859 morreu o rei Fernando, tendo seu sucessor Francisco II permanecido no trono por pouco mais de um ano, até a anexação iníqua do seu reino pelo nascente reino unido da Itália.

Quando Cariello terminou sua obra, a gema representando o busto de Jesus Eucarístico pesava 1,591 kg e media 18,2 cm de altura, 14,4 cm de largura, 7,2 cm de espessura, incluindo a figura de Nosso Senhor.

Em 1865, o Reino da Itália concordou em que o artista ficasse com a jóia como forma de pagamento.

A partir de então o topázio de valor incalculável fez um longo périplo, até acabar sendo doado pelos descendentes do artista à Arquidiocese de Taranto.

E agora transformado em obra de arte sagrada, o topázio brasileiro está sendo exposto no Museu Diocesano.

Ele é todo um símbolo da vocação providencial do Brasil: uma pedra preciosa única de uma cor e de um tamanho ímpares que guarda e protege o próprio Corpo Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo no Sacrário no centro do altar.

É a vocação da Civilização Cristã, guardiã do Santuário, com a grandeza, a magnanimidade e a doçura que Nossa Senhora quis comunicar a nosso País.