Foi Ele mesmo quem nos ensinou o Pai Nosso
Foi Ele mesmo quem nos ensinou o Pai Nosso
“Ensinai-nos a rezar”, pediram os Apóstolos a Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus.
E o bom Mestre respondeu: “Eis como deveis rezar: Padre nosso, que estais nos Céus, etc.”
Foi, assim, Ele mesmo quem nos ensinou o Padre Nosso. Que respeito e que amor devemos ter por essa prece!
Vamos tornar compreensível a significação das sublimes palavras do Padre Nosso, a fim de que todos penetrem em seu sentido, quando o recitem.
As pessoas piedosas aprenderão assim como se pode meditá-lo todos os dias de sua vida, pensando em cada um dos pedidos desta oração.
* * *
Pai Nosso...
É a alma que se dirige a Deus e o chama Pai. Ah! Ninguém é tão Pai como Ele, e é Ele quem deseja que nós lhe demos esse nome! Que ternura de sua parte, e que honra para nós! Filhos de rei, sede orgulhosos das glórias de vosso nascimento.
O humilde obreiro, o modesto trabalhador têm assim tantos títulos de verdadeira nobreza: são filhos do Rei do Céu.
“Pai nosso”, e não “meu Pai”, porque não somos seus filhos únicos. Nós temos por irmãos todos os homens, que devemos amar como sendo da mesma família que nós.
Que estais no Céu...
O Céu é a morada de sua glória; é lá que Ele nos espera. É de lá que Ele vela sobre nós e espalha sobre nós seus benefícios. É lá que Ele nos prepara e reserva sua herança. Os bens do pai não pertencem aos filhos?
Santificado seja o vosso nome!
Quer dizer, que Vós mesmo, meu Deus — Vós, a grandeza, a majestade, a santidade, a perfeição infinita —, sejais conhecido, amado, bendito, honrado e adorado por todos!
Que todas as almas se santifiquem, glorificando-Vos! Que todas as línguas, que todos os povos, cristãos e infiéis, vos celebrem. Que ninguém blasfeme o vosso nome três vezes santo.
Venha a nós o vosso reino!
Por vosso poder, já reinais sobre todas as criaturas. Mas reinai também nos corações, por vossa graça! Fazei-nos reinar um dia convosco no Céu.
Que venha logo esse reino completo, esse reino eterno, que será o vosso no fim dos tempos, quando Satã terá sido despojado do seu poder, e reinareis por vossa misericórdia sobre os eleitos, e por vossa justiça sobre vossos inimigos, para sempre impotentes!
E, enquanto esperamos isso, que vossa vontade seja feita assim na Terra como no Céu.
Os santos, que estão convosco no paraíso, vos são plenamente submissos, vossa vontade é a sua lei. Que os homens que estão na Terra não tenham outras regras que vossos santos mandamentos; que, não contentes de executar vossos preceitos e os da Igreja, se esforcem mesmo de praticar vossos conselhos; que aspirem à prática do desapego, da renúncia aos bens da terra, da castidade perfeita e da obediência!
Enfim, que aceitem com resignação, e mesmo com amor, todas as provas pelas quais apraz-Vos de os punir ou de os purificar.
(extraído da obra de P. Berthier M.S., , abalizado autor de espiritualidade francês, Le livre de Tous, Maison de la Bonne Presse, Paris, 1808, pp. 374-5)
“Ensinai-nos a rezar”, pediram os Apóstolos a Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus.
E o bom Mestre respondeu: “Eis como deveis rezar: Padre nosso, que estais nos Céus, etc.”
Foi, assim, Ele mesmo quem nos ensinou o Padre Nosso. Que respeito e que amor devemos ter por essa prece!
Vamos tornar compreensível a significação das sublimes palavras do Padre Nosso, a fim de que todos penetrem em seu sentido, quando o recitem.
As pessoas piedosas aprenderão assim como se pode meditá-lo todos os dias de sua vida, pensando em cada um dos pedidos desta oração.
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Pai Nosso...
É a alma que se dirige a Deus e o chama Pai. Ah! Ninguém é tão Pai como Ele, e é Ele quem deseja que nós lhe demos esse nome! Que ternura de sua parte, e que honra para nós! Filhos de rei, sede orgulhosos das glórias de vosso nascimento.
O humilde obreiro, o modesto trabalhador têm assim tantos títulos de verdadeira nobreza: são filhos do Rei do Céu.
“Pai nosso”, e não “meu Pai”, porque não somos seus filhos únicos. Nós temos por irmãos todos os homens, que devemos amar como sendo da mesma família que nós.
Que estais no Céu...
O Céu é a morada de sua glória; é lá que Ele nos espera. É de lá que Ele vela sobre nós e espalha sobre nós seus benefícios. É lá que Ele nos prepara e reserva sua herança. Os bens do pai não pertencem aos filhos?
Santificado seja o vosso nome!
Quer dizer, que Vós mesmo, meu Deus — Vós, a grandeza, a majestade, a santidade, a perfeição infinita —, sejais conhecido, amado, bendito, honrado e adorado por todos!
Que todas as almas se santifiquem, glorificando-Vos! Que todas as línguas, que todos os povos, cristãos e infiéis, vos celebrem. Que ninguém blasfeme o vosso nome três vezes santo.
Venha a nós o vosso reino!
Por vosso poder, já reinais sobre todas as criaturas. Mas reinai também nos corações, por vossa graça! Fazei-nos reinar um dia convosco no Céu.
Que venha logo esse reino completo, esse reino eterno, que será o vosso no fim dos tempos, quando Satã terá sido despojado do seu poder, e reinareis por vossa misericórdia sobre os eleitos, e por vossa justiça sobre vossos inimigos, para sempre impotentes!
E, enquanto esperamos isso, que vossa vontade seja feita assim na Terra como no Céu.
Os santos, que estão convosco no paraíso, vos são plenamente submissos, vossa vontade é a sua lei. Que os homens que estão na Terra não tenham outras regras que vossos santos mandamentos; que, não contentes de executar vossos preceitos e os da Igreja, se esforcem mesmo de praticar vossos conselhos; que aspirem à prática do desapego, da renúncia aos bens da terra, da castidade perfeita e da obediência!
Enfim, que aceitem com resignação, e mesmo com amor, todas as provas pelas quais apraz-Vos de os punir ou de os purificar.
(extraído da obra de P. Berthier M.S., , abalizado autor de espiritualidade francês, Le livre de Tous, Maison de la Bonne Presse, Paris, 1808, pp. 374-5)