Santa Maria Madalena: Contrição perfeita que levou à santidade :: parte 2
Aos pés da cruz junto com Nossa Senhora
Chegou o momento da Paixão. São Pedro negou o Mestre, e todos os Apóstolos fugiram. Somente algumas santas mulheres percorreram a Via Dolorosa junto ao divino Redentor.
Aos pés da cruz, Maria Madalena encontrou-se acompanhando Nossa Senhora e São João Evangelista. Quando o corpo de Jesus foi depositado no sepulcro novo de José de Arimatéia, Madalena estudou bem o modo como ele era feito e a pedra com que selaram sua entrada.
(continuação da parte 1. Clique aqui para ler)
Narra São João: “No primeiro dia da semana, foi Maria Madalena ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro”. Surpresa, ela pensou primeiro em avisar os discípulos.
Relatou o que vira a São Pedro, que com São João Evangelista correu para o sepulcro, e os seguiu. E acrescenta São João: “Entretanto, Maria Madalena conservava-se na parte externa do sepulcro, chorando.
Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para o sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde fora posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles disseram-lhe: Mulher, por que choras?
Respondeu-lhes: Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram”. Então voltou-se e viu Nosso Senhor. Mas, devido à penumbra e pela veste, julgou ser o jardineiro. Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? A quem procuras?”.
Ela, sempre pensando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: “Se tu o levaste, dize-me onde o puseste; eu irei buscá-lo”.
Nosso Senhor lhe disse então: “Maria!”. Reconhecendo o Redentor, ela só pôde exclamar: “Raboni!”, que em hebraico quer dizer Mestre (Jo 20, 1-18).
Maria Madalena nas Gálias, segundo a tradição
Mais tarde, depois do martírio de Santo Estevão, de acordo com os Atos dos Apóstolos desencadeou-se uma perseguição tão violenta dos judeus contra os cristãos em Jerusalém, que todos os fiéis, com exceção dos Apóstolos, se retiraram da cidade para a Judéia e a Samaria.
O que leva a supor que também Maria Madalena e seus irmãos saíssem da Cidade Santa dirigindo-se para a Galiléia. Quando a perseguição cessou, voltaram eles para Jerusalém, onde permaneceram até o ano de 45, mas houve uma segunda grande perseguição.
São Pedro partiu então para Roma, e a Virgem Santíssima foi conduzida por São João Evangelista a Éfeso. Os Padres gregos afirmam que para lá foi também Santa Maria Madalena, tendo morrido e sido enterrada naquela cidade.
Mas outra tradição, não menos vigorosa, afirma que ela e seus irmãos, mais alguns outros cristãos, foram presos pelos judeus em Jerusalém e colocados no mar num barco sem remo, sem leme, e sem as mínimas condições para navegar, a fim de perecerem num naufrágio.
Alguns afirmam que São Maximino, um dos 72 discípulos do Senhor, e Sidônio (o cego de nascença de que fala o Evangelho, e que foi curado por Nosso Senhor) e mesmo José de Arimatéia sofreram a mesma sorte.
Entretanto, o barco dirigiu-se milagrosamente para a Sicília, e de lá para a França, chegando finalmente a Marselha, que era então um dos principais portos das Gálias.
São Maximino foi bispo de Aix, e São Lázaro encarregou-se da igreja de Marselha.
Santa Marta reuniu em Tarascão uma comunidade de virgens, e Maria Madalena, depois de ter trabalhado eficazmente na conversão dos marselheses, retirou-se para viver na solidão, refugiando-se numa gruta que se encontra na igreja de São Vítor, em Marselha.
Mas, como não julgasse tal lugar suficientemente recolhido, afastou-se para uma montanha entre Aix, Marselha e Toulon, “La Sainte Baume” (a Santa Montanha ou Santa Gruta), como dizem os habitantes do lugar.
Lá permaneceu cerca de trinta anos, levando vida contemplativa e penitencial.
Enfim, estando para morrer, os anjos levaram-na para junto de São Maximino, de quem recebeu os últimos sacramentos, entregando sua alma a Deus.
Seu corpo foi então, segundo a tradição, levado para um povoado vizinho –– a Villa Lata, depois São Maximino –– onde esse bispo havia construído uma capela.
No século VIII, por temor dos sarracenos, suas relíquias foram trasladadas para um lugar seguro, tendo ficado esquecidas até que Carlos II, rei da Sicília e Conde da Provença, as encontrou em 1272.
Entretanto, a urna de Santa Maria Madalena desapareceu no século XVI, durante as guerras de religião entre católicos e protestantes.
(Extraído de Catolicismo, por Plinio Maria Solimeo)
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Chegou o momento da Paixão. São Pedro negou o Mestre, e todos os Apóstolos fugiram. Somente algumas santas mulheres percorreram a Via Dolorosa junto ao divino Redentor.
Aos pés da cruz, Maria Madalena encontrou-se acompanhando Nossa Senhora e São João Evangelista. Quando o corpo de Jesus foi depositado no sepulcro novo de José de Arimatéia, Madalena estudou bem o modo como ele era feito e a pedra com que selaram sua entrada.
(continuação da parte 1. Clique aqui para ler)
Narra São João: “No primeiro dia da semana, foi Maria Madalena ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro”. Surpresa, ela pensou primeiro em avisar os discípulos.
Relatou o que vira a São Pedro, que com São João Evangelista correu para o sepulcro, e os seguiu. E acrescenta São João: “Entretanto, Maria Madalena conservava-se na parte externa do sepulcro, chorando.
Enquanto chorava, inclinou-se e olhou para o sepulcro, e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde fora posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles disseram-lhe: Mulher, por que choras?
Respondeu-lhes: Porque levaram o meu Senhor e não sei onde o puseram”. Então voltou-se e viu Nosso Senhor. Mas, devido à penumbra e pela veste, julgou ser o jardineiro. Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? A quem procuras?”.
Ela, sempre pensando que fosse o jardineiro, respondeu-lhe: “Se tu o levaste, dize-me onde o puseste; eu irei buscá-lo”.
Nosso Senhor lhe disse então: “Maria!”. Reconhecendo o Redentor, ela só pôde exclamar: “Raboni!”, que em hebraico quer dizer Mestre (Jo 20, 1-18).
Maria Madalena nas Gálias, segundo a tradição
Mais tarde, depois do martírio de Santo Estevão, de acordo com os Atos dos Apóstolos desencadeou-se uma perseguição tão violenta dos judeus contra os cristãos em Jerusalém, que todos os fiéis, com exceção dos Apóstolos, se retiraram da cidade para a Judéia e a Samaria.
O que leva a supor que também Maria Madalena e seus irmãos saíssem da Cidade Santa dirigindo-se para a Galiléia. Quando a perseguição cessou, voltaram eles para Jerusalém, onde permaneceram até o ano de 45, mas houve uma segunda grande perseguição.
São Pedro partiu então para Roma, e a Virgem Santíssima foi conduzida por São João Evangelista a Éfeso. Os Padres gregos afirmam que para lá foi também Santa Maria Madalena, tendo morrido e sido enterrada naquela cidade.
Mas outra tradição, não menos vigorosa, afirma que ela e seus irmãos, mais alguns outros cristãos, foram presos pelos judeus em Jerusalém e colocados no mar num barco sem remo, sem leme, e sem as mínimas condições para navegar, a fim de perecerem num naufrágio.
Alguns afirmam que São Maximino, um dos 72 discípulos do Senhor, e Sidônio (o cego de nascença de que fala o Evangelho, e que foi curado por Nosso Senhor) e mesmo José de Arimatéia sofreram a mesma sorte.
Entretanto, o barco dirigiu-se milagrosamente para a Sicília, e de lá para a França, chegando finalmente a Marselha, que era então um dos principais portos das Gálias.
São Maximino foi bispo de Aix, e São Lázaro encarregou-se da igreja de Marselha.
Santa Marta reuniu em Tarascão uma comunidade de virgens, e Maria Madalena, depois de ter trabalhado eficazmente na conversão dos marselheses, retirou-se para viver na solidão, refugiando-se numa gruta que se encontra na igreja de São Vítor, em Marselha.
Mas, como não julgasse tal lugar suficientemente recolhido, afastou-se para uma montanha entre Aix, Marselha e Toulon, “La Sainte Baume” (a Santa Montanha ou Santa Gruta), como dizem os habitantes do lugar.
Lá permaneceu cerca de trinta anos, levando vida contemplativa e penitencial.
Enfim, estando para morrer, os anjos levaram-na para junto de São Maximino, de quem recebeu os últimos sacramentos, entregando sua alma a Deus.
Seu corpo foi então, segundo a tradição, levado para um povoado vizinho –– a Villa Lata, depois São Maximino –– onde esse bispo havia construído uma capela.
No século VIII, por temor dos sarracenos, suas relíquias foram trasladadas para um lugar seguro, tendo ficado esquecidas até que Carlos II, rei da Sicília e Conde da Provença, as encontrou em 1272.
Entretanto, a urna de Santa Maria Madalena desapareceu no século XVI, durante as guerras de religião entre católicos e protestantes.
(Extraído de Catolicismo, por Plinio Maria Solimeo)
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